Especialista com 35 anos de atuação, Paulo Toledo, diretor da CIA Inteligência Imobiliária e coordenador de vendas do Plateau d’Or, fala sobre as mudanças que o mercado imobiliário enfrentará a partir da pandemia.
O impacto do advento da pandemia do novo coronavírus vem sendo alvo de análise de especialistas de todos os segmentos da sociedade. Não diferente, o mercado imobiliário também passará por mudanças, isso porque o isolamento social, a quarentena e as novas formas de trabalho submeteu os indivíduos a uma rotina na qual o lar se tornou protagonista da vida cotidiana, antes tomada pelo trânsito, ambientes corporativos e salas de aula. “O imóvel assume um papel de porto seguro, de fortaleza para as pessoas”, defende Paulo Toledo, CEO da Cia Inteligência Imobiliária, que está à frente do das vendas do Plateau d’Or em Goiânia.
O projeto propõe um processo de planejamento, criação e gestão de espaço totalmente voltado para as pessoas. Na parte externa ao residencial, será implantado um Hub Humano que contemplará uma rede de serviços e lazer que vai atender toda a região dos condomínios horizontais que vem se desenvolvendo na região leste da capital, ao longo da GO-020 e imediações. O conceito vai ao encontro das novas tendências ditadas pelo novo normal, ao proporcionar o encurtamento da distância, o uso de tecnologia e a convivência entre as pessoas.
“A pandemia não trouxe nada absolutamente novo ou nada absolutamente revolucionário. O que houve foi uma grande aceleração do comportamento. O mercado imobiliário vai fazer em alguns meses, aquilo que levaria ainda cinco ou dez anos”, aposta Paulo. Na entrevista abaixo, ele fala detalhadamente dessas mudanças.
Você acha que a pandemia enfrentada em 2020 afetou a percepção das pessoas sobre o que é importante em seus lares? Quando esse impacto deve chegar aos projetos?
Paulo Toledo: Sem dúvida nenhuma o imóvel passa a ser protagonista e assume um papel de porto seguro, de fortaleza para as pessoas. Dessa maneira o impacto nos projetos é gigante, tanto nos projetos horizontais como nos projetos verticais. Algumas pessoas até defendem que o produto maior vai ter mais força, mas eu não acho seja bem assim. Não é uma questão de tamanho, mas de adaptabilidade disso, de ergonomia. Os compactos também sofrerão mudanças se adaptando para essa nova vida.
Em se tratando de exemplos de sucesso, o que já existe no mundo que é possível replicar no Brasil?
Paulo Toledo: Tem muita coisa que já está sendo feita no Brasil como produtos verticais com muito mais espaços para bicicletas, academias muito maiores e mais profissionais. Os prédios estão tendo área de delivery, que a chamamos de delivery room, tanto seco quanto refrigerado, para poder receber os alimentos enquanto a pessoa está trabalhando. Projetos horizontais e verticais já estão recebendo coworking que é uma tendência muito grande. Então são essas modificações que já vinham ocorrendo em nossa vida. Na realidade, para ser bem preciso, a pandemia não trouxe nada absolutamente novo ou nada absolutamente revolucionário. O que houve foi uma grande aceleração do comportamento. O mercado imobiliário vai fazer em alguns meses, aquilo levaria ainda cinco ou dez anos.
Para você o que é a moradia do futuro?
Paulo Toledo: A moradia do futuro, seja em um produto horizontal ou vertical, é um lugar em que a natureza vai estar muito mais voltada para dentro do imóvel, em um conceito conhecido como biofilia. Nele você traz os elementos da natureza para dentro da arquitetura com uso de vegetação, ventilação e iluminação naturais assim como a vista, com janelas muito maiores. Além do uso de itens como pedra, madeira e bambu para formar texturas, por exemplo. E tudo isso porque as pessoas estão cada vez mais querendo ter contato com o ambiente externo. Outra questão, mais técnica e óbvia, é que a casa tomou o papel importante de protagonista nesse momento. Então, a gente quer chegar no nosso lar sagrado, na nossa fortaleza, e quer se sentir absolutamente conectado com nosso íntimo, com o nosso ser. Agora, além disso, tem as questões técnicas e físicas do imóvel com o home office, que vai ganhar um espaço com mais privacidade e tranquilidade para trabalhar, uma academia ou um espaço de ginástica também devem ser implementados. Isso é resultado de uma convivência em casa que ficou maior e com as famílias mais próximas. Então existe uma primeira mudança na necessidade de trazer o externo e a natureza para dentro do imóvel e a adaptação dos ambientes para atender uma nova realidade de convivência.
O Brasil tem tamanho continental. Existe diferença de perfil de moradias nas regiões ou um denominador comum nas moradias no Brasil?
Paulo Toledo: As pessoas confundem muito isso. Cada cidade do planeta ou do Brasil, tem a sua cultura, que deve ser preservada, valorizada e acima de tudo respeitada. Agora, no que diz respeito ao comportamento das pessoas, posso dizer que é muito parecido, independente do lugar. Todo mundo quer ter as mesmas coisas: um espaço seguro, quer estar perto da família, perto dos amigos, quer ter a sua exclusividade. São esses os valores que são tão importantes na tomada de de decisão na hora escolher uma moradia. Se partirmos do ponto da necessidade, nunca fomos tão iguais, independente da classe ou padrão.
Sobre o Plateau d’Or, o que ele traz dentro desse conceito para os goianos?
Paulo Toledo: O Plateau d’Or é um produto absolutamente alinhado com tudo isso que estamos vivendo e dizendo. Ele se diferencia porque oferece a vida fora dos muros, ao contrário do modelo que já está estabelecido em todo Brasil, que privilegia a vida intramuros, onde as pessoas têm sua própria academia, sua piscina e espaços privativos. O Plateau, além de oferece isso, permite que as pessoas possam ter a vida em comunidade. Ir até o Hub, andar, fazer suas compras. Para poder acima de qualquer coisa, interagir com outras pessoas. Por isso o projeto contempla grandes áreas verdes e parques, além do Hub Educacional que propicia que as famílias, crianças, adolescentes e os amigos se encontrem de forma natural e orgânica. É que isso faz a diferença.
Quais as referências que o projeto espelhou?
O Plateau d’Or partiu de uma longa pesquisa feita pelo Grupo Toctao e pela Cia Inteligência Imobiliária, na qual estudamos projetos horizontais e verticais nos mais diversos países. O que trouxemos foram as melhores práticas mundiais. Por isso a contratação do escritório internacional Broadway Malyan que nasceu em Londres e tem projetos premiados em todo mundo, para implantar o que há mais contemporâneo em urbanismo. No Brasil podemos citar como referência, a comunidade Pedra Branca, em Florianópolis (SC) e o Parque Una em Pelotas (RS), além de referências importantes como as do próprio Alphaville de Goiânia (GO). O projeto do Plateau d’Or cria uma terceira grande geração de condomínios horizontais do Brasil, é sem dúvida nenhuma o melhor projeto horizontal de Goiânia um dos melhores do País.
Sobre Paulo Toledo
Paulo é CEO da Cia Inteligência Imobiliária, co Fundador da Remax Brasil, Co Fundador da Atta Crédito Imobiliário e Conselheiro da ADIT Brasil. Atua como professor de MBA de Gestão Imobiliária IBMEC, na Universidade Secovi e é fundador do Curso de Inteligência Imobiliária do Grupo Prospecta. Formado em Administração em Marketing pela Universidade Paulista, especializado em Comunidades Inteligentes pela Universidade da Flórida e Smart Cities no Instituto Europeu de Design, ele aborda na entrevista a seguir as principais tendências para o mercado imobiliário, aceleradas pela pandemia.
Sobre a CIA
Criada há mais de 20 anos com o propósito de estreitar os laços entre imobiliárias e incorporadoras, a CIA Inteligência Imobiliária é uma das empresas envolvidas no projeto do Plateau d’Or, que fortalece a credibilidade do empreendimento do Grupo Toctao. Com a presença em 24 estados e o Distrito Federal, 90 cidades e com participação em mais de 300 lançamentos com imobiliárias parceiras, traz para o projeto know how do diretor Paulo Toledo, que soma 35 anos de mercado. Em entrevista, ele fala sobre as mudanças no comportamento do consumidor em 2020, que vão impactar diretamente na necessidade de moradia. Para ele, em poucos meses, houve uma aceleração das tendências que seriam absorvidas em até 10 anos.